::BRASIL COLONIAL::
I- Administração Colonial:
Antecedentes
- A chegada dos portugueses ao território brasileiro, em 1500 não teve inicialmente a intenção de colonizar o território. Durante 30 anos Portugal se limitou a explorar o pau-brasil, madeira com grande valor na Europa.
- Ocorre que vários outros países, como a Inglaterra Holanda e França mandavam expedições para se apropriar da madeira. Estes países se sentiam prejudicados com o Tratado de Tordesilhas
- Estes ataques motivaram o governo Português a enviar expedições guarda costas para proteger o litoral. Porem estas expedições tiveram pouco resultado.
- Em 1530 o rei de Portugal organizou a primeira missão para colonizar o território. O objetivo era povoar, expulsar os invasores e iniciar o cultivo de cana-de-açúcar no Brasil.
- A partir dai, Portugal iniciou a administração de sua colônia. Esta administração tomou forma através do sistema de Capitanias Hereditárias e Governo Geral.
As Capitanias Hereditárias
- Este sistema de capitanias hereditárias consistiu na divisão do território em 15 lotes concedidos a 12 donatários interessados a vir colonizar com seus próprios recursos.
- Era organizado através de dois documentos: a carta de doação e o foral. O primeiro realizava oficialmente a doação do lote. O segundo determinava os direitos e deveres dos donatários.
- Dentre os direitos dos donatários, estava a fundação de vilas doação de sesmarias, escravização de indígenas e livre exploração das minas.
- Apesar das vantagens oferecidas aos donatários, o sistema encontrou várias dificuldades, como a falta de recursos, ataques estrangeiros, hostilidade dos indígenas e ausência de um organismo centralizador.
- Além disso, muitos donatários não vieram tomar posse das terras. Diante destas dificuldades, apenas duas capitanias conseguiram realizar o que a metrópole desejava: Pernambuco e São Vicente.
O Governo Geral
- Dom João III criou o governo geral em 1548 com finalidade de superar as dificuldades das capitanias e centralizar a administração da colonia.
- Esta centralização foi necessária para impedir o abuso de poder por parte dos donatários, combater a pirataria, deter a hostilidade dos indígenas e incentivar a economia.
- O governador geral administrava a colonia de acordo com um regimento e ordens vindas de Portugal. Os três primeiros governadores-gerais foram Tomé de souza, Duarte da costa e Mem de Sá.
- Além do cargo de Governador geral, havia o cargo de provedor-mor, encarregado da administração e arrecadação; ouvidor-mor, que cuidava das leis; e capitão-mor-da-costa, responsável pela defesa do litoral.
- Este sistema durou até a vinda da familia Real portuguesa, em 1808. Durante um bom tempo, a capital da colonia foi Salvador, na Bahia. Em 1763, a capital foi transferida para o Rio de Janeiro.
II- Economia Colonial:
A economia colonial
PAU-BRASIL: O pau-brasil era valioso na
Europa, devido à tinta avermelhada, que dele se extraía e por isso atraía para
cá muitos piratas contrabandistas (os brasileiros).
CANA-DE-AÇÚCAR: O açúcar consumido na Europa era fornecido pelas
ilhas da Madeira, Açores e Cabo Verde (colônias portuguesas no Atlântico),
Sicília e pelo Oriente, mas a quantidade era muito reduzida diante da demanda.
MINERAÇÃO: A mineração ocorreu,
principalmente, nos atuais estados de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso, entre
o final do século XVII e a segunda metade do século XVIII.
OURO: Havia dois tipos de exploração aurífera: ouro
de faiscação (realizada nas areias dos rios e riachos, em
pequena quantidade, por homens livres ou escravos no dia da folga); e ouro
de lavra ou de mina (extração em grandes jazidas feita por
grande quantidade de escravos).
ALGODÃO: A plantação de algodão se desenvolveu no
Nordeste, principalmente no Maranhão e tinha uma importância econômica de
caráter interno, pois era utilizado para fazer roupas para a população mais
pobre e para os escravos.
TABACO: Desenvolveu-se no Nordeste como uma atividade
comercial, escravista e exportadora, pois era utilizado, juntamente com a
rapadura e a aguardente, como moeda para adquirir escravos na África.
DROGAS DO SERTÃO: Desde o século XVI, as Drogas do Sertão
(guaraná, pimentas, ervas, raízes, cascas de árvores, cacau, etc.) eram
coletadas pelos índios na Amazônia e exportadas para a Europa, tanto por
contrabandistas, quanto por padres jesuítas. Como o acesso à região era muito
difícil, a floresta foi preservada.
III- Sociedade Colonial:
Durante o período
colonial nossa sociedade se dividiu basicamente em dois grupos distintos; o dos
Senhores e o dos Escravos. Os primeiros, donos de terras e de minas, os
segundos considerados mero objeto, vendidos como animais, separados de sua
família, sem nenhum respeito para com sua dignidade humana.
Havia também, em algumas
regiões indivíduos que eram livres, muitos deles brancos, outros mestiços e
alguns poucos negros libertos. A sociedade era patriarcal e a autoridade
paterna era temida. As mulheres eram submetidas à autoridade de seus pais e
após o casamento, ao seu marido.
Podemos encontrar
algumas diferenças entre as regiões brasileiras no que se refere à maneira como
se organizavam as sociedades. Nas regiões mineradoras a sociedade era urbana e
haviam um maior número de pessoas pertencentes à classe intermediária. Na zona
canavieira, esta classe se reduzia à presença do feitor e de algum caixeiro
viajante. Nos engenhos ficava nítida a separação entre os senhores e os
escravos.
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