sábado, 2 de agosto de 2014

::BRASIL COLONIAL::


I- Administração Colonial:
          
          Antecedentes
  • A chegada dos portugueses ao território brasileiro, em 1500 não teve inicialmente a intenção de colonizar o território. Durante 30 anos Portugal se limitou a explorar o pau-brasil, madeira com grande valor na Europa.
  • Ocorre que vários outros países, como a Inglaterra Holanda e França mandavam expedições para se apropriar da madeira. Estes países se sentiam prejudicados com o Tratado de Tordesilhas
  • Estes ataques motivaram o governo Português a enviar expedições guarda costas para proteger o litoral. Porem estas expedições tiveram pouco resultado.
  • Em 1530 o rei de Portugal organizou a primeira missão para colonizar o território. O objetivo era povoar, expulsar os invasores e iniciar o cultivo de cana-de-açúcar no Brasil.
  • A partir dai, Portugal iniciou a administração de sua colônia. Esta administração tomou forma através do sistema de Capitanias Hereditárias e Governo Geral. 
       As Capitanias Hereditárias
  • Este sistema de capitanias hereditárias consistiu na divisão do território em 15 lotes concedidos a 12 donatários interessados a vir colonizar com seus próprios recursos.
  • Era organizado através  de dois documentos: a carta de doação e o foral. O primeiro realizava oficialmente a doação do lote. O segundo determinava os direitos e deveres dos donatários.
  • Dentre os direitos dos donatários, estava a fundação de vilas doação de sesmarias, escravização de indígenas e livre exploração das minas.
  • Apesar das vantagens oferecidas aos donatários, o sistema encontrou várias dificuldades, como a falta de recursos, ataques estrangeiros, hostilidade dos indígenas e ausência de um organismo centralizador.
  • Além disso, muitos donatários não vieram tomar posse das terras. Diante destas dificuldades, apenas duas capitanias conseguiram realizar o que a metrópole desejava: Pernambuco e São Vicente.
     
           O Governo Geral

  • Dom João III criou o governo geral em 1548 com finalidade de superar as dificuldades das capitanias e centralizar a administração da colonia.
  • Esta centralização foi necessária para impedir o abuso de poder por parte dos donatários, combater a pirataria, deter a hostilidade dos indígenas e incentivar a economia.
  • O governador geral administrava a colonia de acordo com um regimento e ordens vindas de Portugal. Os três primeiros governadores-gerais foram Tomé de souza, Duarte da costa e Mem de Sá.
  • Além do cargo de Governador geral, havia o cargo de provedor-mor, encarregado da administração e arrecadação; ouvidor-mor, que cuidava das leis; e capitão-mor-da-costa, responsável pela defesa do litoral.
  • Este sistema durou até a vinda da familia Real portuguesa, em 1808. Durante um bom tempo, a capital da colonia foi Salvador, na Bahia. Em 1763, a capital foi transferida para o Rio de Janeiro.
          
II- Economia Colonial:

economia colonial  tinha um único intuito: Satisfazer a metrópole além de comprar de Portugal tudo o que precisava para que fosse possível acontecer algum tipo de desenvolvimento. A princípio a primeira atividade econômica do país foi o pau-brasil, mas a derrubada fora de controle deste tipo de árvore fez com que ele se tornasse raro, fazendo com que novas culturas fossem introduzidas a prática agrícola, como o algodão, tabaco, cana-de-açúcar e a mineração.



PAU-BRASIL: O pau-brasil era valioso na Europa, devido à tinta avermelhada, que dele se extraía e por isso atraía para cá muitos piratas contrabandistas (os brasileiros).

CANA-DE-AÇÚCARO açúcar consumido na Europa era fornecido pelas ilhas da Madeira, Açores e Cabo Verde (colônias portuguesas no Atlântico), Sicília e pelo Oriente, mas a quantidade era muito reduzida diante da demanda.

MINERAÇÃOA mineração ocorreu, principalmente, nos atuais estados de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso, entre o final do século XVII e a segunda metade do século XVIII.

OUROHavia dois tipos de exploração aurífera: ouro de faiscação (realizada nas areias dos rios e riachos, em pequena quantidade, por homens livres ou escravos no dia da folga); e ouro de lavra ou de mina (extração em grandes jazidas feita por grande quantidade de escravos). 

ALGODÃO: A plantação de algodão se desenvolveu no Nordeste, principalmente no Maranhão e tinha uma importância econômica de caráter interno, pois era utilizado para fazer roupas para a população mais pobre e para os escravos.

TABACO: Desenvolveu-se no Nordeste como uma atividade comercial, escravista e exportadora, pois era utilizado, juntamente com a rapadura e a aguardente, como moeda para adquirir escravos na África.

DROGAS DO SERTÃO: Desde o século XVI, as Drogas do Sertão (guaraná, pimentas, ervas, raízes, cascas de árvores, cacau, etc.) eram coletadas pelos índios na Amazônia e exportadas para a Europa, tanto por contrabandistas, quanto por padres jesuítas. Como o acesso à região era muito difícil, a floresta foi preservada.


III- Sociedade Colonial:


Durante o período colonial nossa sociedade se dividiu basicamente em dois grupos distintos; o dos Senhores e o dos Escravos. Os primeiros, donos de terras e de minas, os segundos considerados mero objeto, vendidos como animais, separados de sua família, sem nenhum respeito para com sua dignidade humana.
Havia também, em algumas regiões indivíduos que eram livres, muitos deles brancos, outros mestiços e alguns poucos negros libertos. A sociedade era patriarcal e a autoridade paterna era temida. As mulheres eram submetidas à autoridade de seus pais e após o casamento, ao seu marido.
Podemos encontrar algumas diferenças entre as regiões brasileiras no que se refere à maneira como se organizavam as sociedades. Nas regiões mineradoras a sociedade era urbana e haviam um maior número de pessoas pertencentes à classe intermediária. Na zona canavieira, esta classe se reduzia à presença do feitor e de algum caixeiro viajante. Nos engenhos ficava nítida a separação entre os senhores e os escravos.


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